terça-feira, 19 de maio de 2009

???

Muro inerte sob os trilhos.
De um lado, ele
romancista acabado pelo concreto em sua volta

No oposto, ela,
desfilando com sapatos vermelhos e riscando a muralha

Desenha porta, janelas e veias.
Cria vida na parede antes morta

Ele sente e arrasta-se

Uma fresta, um pedaço de ar, por onde vê a bela
Não há como passar?

Ela, cansada de riscar traços de vida desperdiçados, anda sob a água

Ele, dilacera-se pelo muro até o outro lado
- Pare mulher, pois o chão é brisa leve do vento

Tua mãe não sabe chegar até mim

1 comentários:

Camilla Gonçalves disse...

eu realmente não entendi a parte da mãe




mas é bonito