domingo, 21 de junho de 2009

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Surdo, o absurdo
Que descalço destaco nesta folha
Sujo é o distúrbio
Da pressa inerte opressora

Das folhas amarelas, quero a vermelha
Da orla contida do desejo
Na raposa quero a pele
Para andar com o estado preso

Com a torre rasgo as nuvens.
Que apareça Deus!
Com o metal faço chover
para dar liberdade aos plebeus.

Agora me despeço
do ignorante leitor,
que um dia vai comer
o grande trovador.

sábado, 20 de junho de 2009

Na constante inerte aula jaz o erudito

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Jacson Almeida

Quero parar meu cérebro
pois não ouço nada neste ambiente.
Tudo é tão podre

Gisele Krama

Tudo fica podre quando os vermes se comunicam

Sidney Azevedo

Algumas minhocas esgaravatam um cérebro qualquer já bem putrefato...

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Meu drama

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Minha tempestade agora suprimida,
pois um sol tende a encerrar.
Que seja feita a vontade de minha consciência íntima.
Que destape!
Palavras direccionadas a um ente apenas.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Não sei

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Sob o piano.

Mataram o presidente.
Eu fico aqui lamentando.
Calma, amada, isso não acontece duas vezes.
Calma, isso é assim,
a bomba cai apenas uma vez

cabelos queimados ela olha para mim
óh, como ela fica ali sentada.
Lamenta dilacerando sua mão na música.
Ela chora no tempo.

eu te avisei que a melodia não faz a arte,
eu levei a bala em seu peito.
Mataram o governante,
não chore após perder tudo
não chore sob a guerra fria
não lamente a perda

Óh, isso é tão bonito,
a guerra acontece lá fora e ali sentada ao piano ela toca somente para mim.
Ele traz a paz que na guerra eu perdi por você.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Tempo

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Deixo que minha voz sem corpo seja emitida. Aguá seca a escorrer mergulha entre meus olhos. Privo-me da carne antes farta. A cama aprisiona-me. Curta chuva de domingo. E eu sem gazua.