quinta-feira, 30 de abril de 2009

Um TU pelo Cachoeira

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Caminho parado entre o amarelo
disponho do vermelho
fito-te eremita!
e os "outros" tiram os olhos.
Na corrente pestilencial,
o branco come
jorrado pelo herói
o corvo sempre consome.
Logo à frente a rosácea dissipa
esgana o que a supremacia não quer
o único que não enche a barriga
é um eremita qualquer.
Homem heróico de barro
agora vira metal
para um dia poder comer
o que deus joga no quintal.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Jantar no oceano de plutão... Parte 2

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O verde que tu vê és teu, ande por ele...
Não te vi nas ruas...
Longe dela, o sonho, meu abrigo, não me abraça...
Trago o vazio...

Por que queremos a liberdade se não há chão para pisar?
A noite vem como uma tradução do dia.
O jantar longe é triste e sem gosto,
a perfeição se torna mal feita
E o rio seco, em que sujo os pés, está frio.

Corto as lâminas com minha boca
Sua mãe lhe avisou para voltar
Eu pedi para ficar
Nem com sua psicologia verás o que sinto...

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Metalúrgico do Mangue

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Deus é a indústria?
A indústria é Deus?
Sairemos do pó de metal
Entraremos pelos canos,
chegaremos no mangue.
Atacaremos anjos

Nossa casa

quinta-feira, 16 de abril de 2009

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O soldado, com sua perna na cabeça, luta para sobreviver

Sabe das idéias da marcha lenta

Eu, com a caneta na mão, luto para cair

Os soldados descem o abismo para chegar a mim

Longe se anda com a perna na cabeça

No lugar dos pés as mãos

Ele anda sobre minha corda

Nem medo, nem sonho sente suas lembranças

Tanto faz se hoje estou morto sem pernas

Fica tudo assim sem sonhos

terça-feira, 14 de abril de 2009

Trágico

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Meus olhos não enxergam
Sou um cego
O cheiro das folhas, não sinto
O som das vozes tristes, não escuto
A pele da morena morta, não toco
O gosto da saliva, eu não sei...
Sou um vegetal
A cor que eu conheço é o vazio
Sou um deus dos que não existem
O contraponto da realidade é meu nome
O que sinto é o coração dela

Sou um poeta trágico
Do imundo e do mundo
Os que os outros esquecem eu traduzo
Vento que é vento sopra o ser da tragédia
Da barcaça que afundou no mar
Da origem apoio a morte
do facismo do homem com o ser menor