quarta-feira, 27 de maio de 2009

Roubô no campo

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Tire a cabeça do camponês,
que trabalha com a terra,
para perder outra vez
o cérebro para a máquina ERA

Antes minhocas ajudavam,
mas com o pó preto do gafanhoto,
monstros gigantes desenterraram

terça-feira, 19 de maio de 2009

???

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Muro inerte sob os trilhos.
De um lado, ele
romancista acabado pelo concreto em sua volta

No oposto, ela,
desfilando com sapatos vermelhos e riscando a muralha

Desenha porta, janelas e veias.
Cria vida na parede antes morta

Ele sente e arrasta-se

Uma fresta, um pedaço de ar, por onde vê a bela
Não há como passar?

Ela, cansada de riscar traços de vida desperdiçados, anda sob a água

Ele, dilacera-se pelo muro até o outro lado
- Pare mulher, pois o chão é brisa leve do vento

Tua mãe não sabe chegar até mim

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Parte I

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No mesmo dia em que andei pelos corredores da razão, eu a vi
Da psicologia à arte pós moderna ela dança,
na militância não me acompanha
Seja nos longos cabelos morenos e na pele dourada, minha morte

Quando parar de escrever sobre ela, é certo que morri.
Com seu vestido cuida da água que de meu rosto cai,
com calça camuflada, chora pela felicidade
Antes longe, agora perto

És a parte perfeita da política.
Carrego uma bandeira com tua imagem:
pele lisa que mistura-se com suor.
No lugar verde onde não há nada, existe você:
esperança minha de ter momentos de felicidade...

sexta-feira, 8 de maio de 2009

larva a consumi

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Larva desce o vulcão.
Entra na maçã
para depois ser moldada
envenenada e sã

Vira borboleta
Depois fica a se vender,
Logo com muita dor,
ao invisível consumidor.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Besteira aula

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Coisas que ouço
faz máquina dentro da cabeça trabalhar.
Cada parafuso e energia...
Minha expressão logo a deturpar