quinta-feira, 30 de abril de 2009

Um TU pelo Cachoeira

Caminho parado entre o amarelo
disponho do vermelho
fito-te eremita!
e os "outros" tiram os olhos.
Na corrente pestilencial,
o branco come
jorrado pelo herói
o corvo sempre consome.
Logo à frente a rosácea dissipa
esgana o que a supremacia não quer
o único que não enche a barriga
é um eremita qualquer.
Homem heróico de barro
agora vira metal
para um dia poder comer
o que deus joga no quintal.

2 comentários:

Sidney Azevedo disse...

Saudações, Jacson!

Eremitismo sòciourbano. Viver entre outros só e sem tempo para curtir-se a si e aos outros... Pros moderno isso é normal. Ser vegetal, agrimetalando a vida.

"Ai, que ninguém volta
ao que já deixou
Ninguém larga a grande roda.
Ninguém sabe onde é que andou.

Ai, que ninguém lembra
nem o que sonhou.
Aquele menino canta
a cantiga do pastor".

Inda inté!

Sidney Azevedo disse...

Saudações, Jacson!

Eis minha resposta.

SagraçãoUma bigorna pesa às costas
e o caminho ao féretro é longo
e sem ponto se dá de referência
que não um bigornento braço espichado apontando a visível pedra-ara.

Um som elétrico zune,
batidas ápicas voam
e adentram ouvidos
já pacientes de pó preto.

Já sem forças a queda,
e à bigorn'àranha o resto,
levando o dono das magoadas costas,
por um fio que não percebem os dois.

"Sacrifício é sagração"
"Martírio é bom".
O sacro nasce, para aí, do sangue.
Da morte, ressuscitado.
A vingar no gozo da facilidade
a morte dos pais ciclópica.

Inda inté!
[Quiçá evidente demais...]